O câncer de mama tem sido um tema de preocupação crescente, especialmente devido ao aumento significativo de casos, inclusive entre mulheres mais jovens. Mas o que está por trás dessa tendência alarmante? Segundo a Dra. Renata Dias, oncologista clínica e pós-graduada em oncogenética, diversos fatores contribuem para esse cenário.
Fatores ambientais e comportamentais: vários fatores ambientais são relacionados ao aumento do risco para câncer de mama, dentre eles: a obesidade e o sobrepeso, o sedentarismo, o consumo de bebidas alcoólicas, a exposição frequente a radiações ionizantes, e o tabagismo.
Fatores da história reprodutiva e hormonal: mulheres com história de terem tido a primeira menstruação antes dos 12 anos e aquelas que entraram na menopausa após os 55 anos; também aquelas que não tiveram filhos ou que tiveram o primeiro filho após os 30 anos de idade, que usaram contraceptivos hormonais (estrógenos e progesterona), ou que fizeram uso de reposição hormonal (principalmente por mais de 5 anos), possuem risco maior de desenvolverem câncer de mama.
Fatores genéticos e hereditários: as mulheres com história familiar de câncer de ovário e/ou câncer de mama (principalmente antes dos 50 anos) ou que possuem uma variante patogênica em genes de maior risco para câncer de mama (como o gene BRCA1 e o gene BRCA2) devem ficar atentas e fazer acompanhamento rigoroso.
A Dra. Renata Dias destaca a importância da prevenção e do diagnóstico precoce. “O conhecimento sobre a predisposição hereditária, aliado a hábitos de vida saudáveis e à realização de exames regulares, é fundamental para a prevenção, a detecção precoce e o tratamento eficaz do câncer de mama,” enfatiza.
Fonte: Inca, Instituto Nacional do Câncer: https://www.gov.br/inca
Texto redigido pela Médica Oncologista Clínica Dra. Renata Dias Batista – CRM/MG nº 40.697 – RQE/MG nº 24.202.